quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

A podridão do sonho


O Sonho é inconsciente
E de tão irracional
Trepa a barreira
E prega o Ser.

Chega ao cume
Realiza a fotossíntese
Desfaz-se na iluminação
E cresce sem cessar
Até morrer um dia.

O sonho evolui a mente;
Em consequência
O Sonho, ele mesmo
tem o dom de mudar mentalidades
Fá-las emadurecer e avançar
Rumo ao ideal (ou vacilar).

Como se o trasandar a consciência
Ou a falta dela,
Possui-se o tempo sonolento
Ainda que não houvesse distinção
Nem perdão
Apenas uma prisão – a de nós próprios.

Como se houvesse um céu
Com íman
E o rejeitássemos a toda a energia-ilusória,
O encontro era breve
Mas a perdição é mais convicta
Irreverente e desejada.

O que atormenta mais é a realidade deste sonho.

2 comentários:

  1. os sonhos não morrem, nós é que vamos morrendo aos poucos, e vamo-nos deixando apagar, como se tratassemos de um boneco a pilhas

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